sábado, 11 de abril de 2009

Exame Andrológico de Cães


Primeiramente, é necessário realizar uma boa anamnese e um exame físico completo do animal, observando-se a possibilidade da existência de doenças sistêmicas que podem interferir na esfera reprodutiva. Após isso, o trato reprodutivo do macho deve ser completamente avaliado. Deve ser realizada uma anamnese cuidadosa do animal para que o clínico obtenha uma história completa, partindo de todos os órgãos antes de investigar o trato reprodutivo.
Um exame físico completo é tão importante quanto uma história completa. O trato reprodutivo do cão deve ser completamente avaliado, partindo-se da bolsa escrotal, testículos, epidídimo, prosseguindo para o pênis e, finalmente, examinando-se a glândula prostática.
Bolsa escrotal
Deve ser esparsamente recoberta de pêlos, apresentar espessura uniforme, ser relativamente fina e macia ao toque e apresentar-se móvel em relação ao testículo. O animal não deve apresentar dor à palpação.
Testículos
Nos cães, a ”descida” dos testículos geralmente se completa aos 10 dias de vida, e ambos os
testículos podem ser palpados após seis semanas de vida. Somente após seis meses de vida do animal é que a ausência dos testículos no saco escrotal pode sugerir criptorquidismo. A dor à palpação sugere orquite aguda ou torção, especialmente se o testículo estiver aumentado de volume. Além disso, deve ter consistência firme (semelhante à de bíceps semiflexionado) e não ser duro à palpação. Uma consistência macia ou pastosa sugere degeneração testicular, enquanto uma consistência endurecida sugere neoplasia ou orquite.
Epidídimo e cordão espermático
O epidídimo é fixado dorsolateralmente à superfície do testículo, com a cabeça e a cauda localizadas nos pólos cranial e caudal respectivamente. O epidídimo e o cordão espermático devem ser palpados para observar prováveis áreas de espessamento ou aumento de volume.
Pênis e prepúcio
Devemos nos preocupar com descargas purulentas, sangue ou urina. O pênis deve ser facilmente removido do prepúcio e completamente exposto. O prepúcio deve ser tracionado caudalmente e o bulbo da glande exposto. Quando há falha na exposição do pênis, devemos suspeitar de estreitamento do óstio prepúcial (fimose) ou aderência entre o pênis e prepúcio. Depois de exposto, o pênis deve ser totalmente avaliado para a presença de inflamações, hematomas, trauma, fraturas, corpos estranhos ou massas tumorais. A mucosa peniana deve ser rósea clara, fina e indolor ao toque. O pênis deve ser palpado para tamanho e conformação.
Glândula prostática
A glândula prostática é a única glândula acessória em cães. A presença de tamanho e consistência anormais, assimetria entre lobos ou dor à palpação suporta a presença de disfunção prostática e indica a necessidade de um diagnóstico complementar para a avaliação da glândula.
Avaliação do sêmen
A análise do sêmen deve ser incluída na avaliação andrológica para detectar possíveis problemas
de infertilidade ou sub-fertilidade, além de fazer parte da rotina précobertura ou inseminação em cães.

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