segunda-feira, 13 de abril de 2009

Criopreservação do sêmen canino e Inseminação artificial


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Vaginoscopia

Aparelho reprodutor feminino


Os órgãos genitais (também chamados sexuais) femininos das cadelas são os ovários (em número de dois), os ovidutos (também chamados de trompas de Phalopio (também duplo), o útero e a vagina, todos situados na cavidade abdominal e ali sustentados por ligamentos próprios; a vulva, esta já situada no limite com o exterior e pondo em comunicação os órgãos sexuais anteriores com o ambiente externo; e como órgãos anexos: as mamas, nas cadelas em geral em número de 8 a 10 (quatro a cinco pares), estas dispostas eqüidistantes da linha média do ventre, desde a região peitoral até a inguinal, por isso designadas conforme sua localização em: peitorais, abdominais e inguinais.

A relação do peso corporal com a IA


Animais com problemas de excesso de peso tendem a apresentar problemas de ovulação e sofrer com alterações hormonais. Insuficiente nível de FSH (hormônio folículo-estimulante ) pode não chegar aos ovários para amadurecer os óvulos, e, mais problemático ainda, insuficiente nível de LH( hormônio luteinizante ) pode não liberar os mesmos. A fêmea com peso excedente que não tem exercícios regulares pode ter dificuldades durante o parto. Nutricionistas acreditam que estando com o peso adequado três semanas antes do acasalamento pode aumentar a fertilidade. Um pequeno aumento da taxa de gordura corporal na fêmea facilitará a atuação dos diferentes hormônios da glândula pituitária. Esta é uma prática utilizada na produção de animais conhecida como “flushing”.

Eficiência da inseminação artificial

A IA com sémen canino fresco, contendo um número adequado de espermatozóides, proporciona resultados de fertilidade similares àqueles obtidos pela monta natural (Pereira et al., 2001; Uchoa et al., 2001; Silva et al., 2002a), a qual, segundo Daurio et al. (1987), apresenta eficiência em torno de 85% nesta espécie.
No uso do sémen refrigerado, Pinto et al. (1999) obtiveram 90% e 100% de fertilidade em cadelas submetidas a IAIV com sémen refrigerado por 24 e 48 horas, respectivamente. O sucesso desse método estaria dependente de uma boa coordenação entre o envio do sémen e o momento de realização da inseminação.
As taxas de concepção observadas após IA com sémen congelado são sensivelmente inferiores às obtidas com sémen fresco (Linde-Forsberg e Forsberg, 1989). Esse fato é provavelmente devido à viabilidade e fecundidade reduzida dos espermatozóides congelados. Isso pode ser devido ao processo de congelação e descongelação, à qualidade do sémen após congelação, aos tipos de meios utilizados, dentre outros fatores.
Com relação ao número de IA, Uchoa et al. (2001) e Silva et al. (2002a) sugerem a realização de duas inseminações, geralmente, com intervalos de 48 horas, utilizando o sémen a fresco. Esse mesmo número de inseminações é sugerido por Silva (1995) para a utilização de sémen congelado. Ademais, no uso de sémen refrigerado por até 11 dias, Iguer-Ouada (2001) obteve 50% de fertilidade após a realização de uma única IA. O número mínimo de espermatozóides requerido para a IA não está bem estabelecido.
Segundo Guérin (1998), a fertilidade entre as raças é bastante variável, sendo ainda constatado que o número de espermatozóides por ejaculado varia proporcionalmente de acordo com o tamanho do cão. Assim, talvez seja necessário aumentar a dose inseminante para as raças de grande porte, uma vez que esse maior número de espermatozóides poderia estar correlacionado a um maior comprimento do aparelho genital da cadela.

domingo, 12 de abril de 2009

Uso da Inseminação Artificial como rotina em programas de reprodução de cadelas da raça Bulldog.


Especificamente para a raça Bulldog, a justificativa para o uso da inseminação artificial (IA) está no relato de proprietários que tiveram baixas taxas de prenhez e pequeno número de filhotes com monta natural, devido às dificuldades dos machos e fêmeas durante o acasalamento. Outro aspecto relacionado à raça é a alta porcentagem de partos que requerem cesarianas.

Acupuntura no diagnóstico e no tratamento de problemas reprodutivos



A acupuntura veterinária praticada no ocidente, baseia-se primariamente na transposição dos princípios da acupuntura humana para os animais, realizando alguns ajustes de acordo com a anatomia e temperamento dos animais. É voltada para o diagnóstico e terapia. Através da medicina tradiciona chinesa, é possível estimular o organismo afetado a se reequilibrar, alcançando assim a cura real e definitiva, ficando também salvo dos efeitos colaterais e indesejáveis inerentes aos protocolos terapêuticos ocidentais. O tratamento pode ser por desordens reprodutivas de fêmeas (diminuição ou aumento da duração do ciclo, anestro, pseudogestação, processos inflamatórios como metrite, atraso da involução uterina, metrorragias e hemorragias pós-parto ou após cirugias ginecológicas) e de machos (infertilidade e processos inflamatórios do sistema reprodutor).


Exame ginecológico em cadelas

É primordial fazer um exame completo para a identificação de problemas de reprodução. O exame ginecológico deve ser feito de maneira completa e correta, dando condições de aplicação de uma terapia adequada. Pode ser dividido em três fases: anamnese, exame clínico e complementares.

http://www.bichoonline.com.br/artigos/Xsc0003.htm

sábado, 11 de abril de 2009

Inseminação intra-uterina pela técnica videolaparoscópica



A inseminação artifical pode ter melhores resultados quando o sêmen congelado é depositado diretamente do útero. A técnica de videolaparoscopia vem apresentando resultados promissores.

q=cache:eapntZ_u8v4J:www.vet.ufmg.br/departamentos/clinica/cirurgia/documentos/Inseminacao%2520intra-uterina%2520pela%2520tecnica%2520videolaparoscopica%2520na%2520cadela.pdf+insemina%C3%A7%C3%A3o+intra+uterina+em+cadelas&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Exame Andrológico de Cães


Primeiramente, é necessário realizar uma boa anamnese e um exame físico completo do animal, observando-se a possibilidade da existência de doenças sistêmicas que podem interferir na esfera reprodutiva. Após isso, o trato reprodutivo do macho deve ser completamente avaliado. Deve ser realizada uma anamnese cuidadosa do animal para que o clínico obtenha uma história completa, partindo de todos os órgãos antes de investigar o trato reprodutivo.
Um exame físico completo é tão importante quanto uma história completa. O trato reprodutivo do cão deve ser completamente avaliado, partindo-se da bolsa escrotal, testículos, epidídimo, prosseguindo para o pênis e, finalmente, examinando-se a glândula prostática.
Bolsa escrotal
Deve ser esparsamente recoberta de pêlos, apresentar espessura uniforme, ser relativamente fina e macia ao toque e apresentar-se móvel em relação ao testículo. O animal não deve apresentar dor à palpação.
Testículos
Nos cães, a ”descida” dos testículos geralmente se completa aos 10 dias de vida, e ambos os
testículos podem ser palpados após seis semanas de vida. Somente após seis meses de vida do animal é que a ausência dos testículos no saco escrotal pode sugerir criptorquidismo. A dor à palpação sugere orquite aguda ou torção, especialmente se o testículo estiver aumentado de volume. Além disso, deve ter consistência firme (semelhante à de bíceps semiflexionado) e não ser duro à palpação. Uma consistência macia ou pastosa sugere degeneração testicular, enquanto uma consistência endurecida sugere neoplasia ou orquite.
Epidídimo e cordão espermático
O epidídimo é fixado dorsolateralmente à superfície do testículo, com a cabeça e a cauda localizadas nos pólos cranial e caudal respectivamente. O epidídimo e o cordão espermático devem ser palpados para observar prováveis áreas de espessamento ou aumento de volume.
Pênis e prepúcio
Devemos nos preocupar com descargas purulentas, sangue ou urina. O pênis deve ser facilmente removido do prepúcio e completamente exposto. O prepúcio deve ser tracionado caudalmente e o bulbo da glande exposto. Quando há falha na exposição do pênis, devemos suspeitar de estreitamento do óstio prepúcial (fimose) ou aderência entre o pênis e prepúcio. Depois de exposto, o pênis deve ser totalmente avaliado para a presença de inflamações, hematomas, trauma, fraturas, corpos estranhos ou massas tumorais. A mucosa peniana deve ser rósea clara, fina e indolor ao toque. O pênis deve ser palpado para tamanho e conformação.
Glândula prostática
A glândula prostática é a única glândula acessória em cães. A presença de tamanho e consistência anormais, assimetria entre lobos ou dor à palpação suporta a presença de disfunção prostática e indica a necessidade de um diagnóstico complementar para a avaliação da glândula.
Avaliação do sêmen
A análise do sêmen deve ser incluída na avaliação andrológica para detectar possíveis problemas
de infertilidade ou sub-fertilidade, além de fazer parte da rotina précobertura ou inseminação em cães.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Criopreservação do semen


A criopreservação de sêmen canino está se tornando cada vez mais popular, já que permite o
transporte de material genético tanto dentro do país como para o exterior. A preservação de
sêmen tem como objetivo a obtenção de índices de gestação após a inseminação artificial semelhantes aos obtidos com monta natural. A congelação e descongelação de espermatozóides provocam um choque térmico e osmótico que diminui a porcentagem de espermatozóides móveis e a produção energética.
Existe diferentes metodologias de criopreservação, um meio diluidor confere maior ou menor proteção ao espermatozoide pela diferença na composição na membrana espermatica entre as raças, especies e indivuos.

5 diferentes etapas no processo de criopreservação do espermatozóide:
1) diluição e refrigeração;
2) penetração do crioprotetor e envasamento;
3) congelação;
4) armazenamento;
5) descongelação.
Os metodos devem ser desenvolvidos dependendo de cada especie.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Técnicas de Inseminação Artificial



Para o sucesso da Inseminação artificial, é imprescindível que se faça o correto acompanhamento do estro da cadela a ser inseminada. A aplicação de sêmen fresco ou refrigerado no momento da inseminação tem apresentado bons resultados, aproximando-se dos índices obtidos com a monta natural. Entretanto, os resultados conseguidos com o uso do sêmen congelado não são muito satisfatórios.
Para inseminação artificial via intravaginal (IAIV) pode-se utilizar uma sonda rígida, com a deposição do sêmen ao longo da vagina da cadela ou a sonda de Osíris® que é uma sonda flexível, provida de um pequeno balão inflável na sua extremidade cranial, imitando o papel do bulbo cavernoso do pênis, fazendo-se a deposição do sêmen na porção cranial da vagina.
A inseminação artificial intrauterina (IAIU), onde o sêmen é depositado dentro do útero, é a técnica escolhida em casos particulares, onde a via vaginal poderia comprometer os resultados da inseminação, como por exemplo, na utilização de um sêmen congelado com baixa qualidade pós-descongelação.

Ciclo éstrico da cadela

A cadela é uma fêmea monoéstrica, isto é, exibe apenas um ciclo éstrico por época reprodutiva.
O número anual de épocas reprodutivas depende sobretudo do genótipo (raça), variando entre 1 a 3 (em média 2). Isto significa que não ocorrendo gestação num ciclo, aquela só poderá potencialmente ocorrer na próxima época reprodutiva (6 meses a 1 ano depois).
O ciclo éstrico da cadela compreende as três fases características – pró-estro, estro e diestro – às quais se segue um período de inactividade funcional ovárica – o anestro.
PRÓ-ESTRO: Edema de vulva, descarga sangüínea. A citologia vaginal é predominantemente de células parabasais. Comportamento: a cadela é agitada e secreta feromonas. É agressiva com o macho. Torna-se mais passiva no começo do estro.
ESTRO: Aumenta o edema de vulva, descarga vulvar será ligeiramente cor-de-rosa. Algumas fêmeas terão uma descarga sangrenta no estro que é normal. Na citologia vaginal haverá uma concentração elevada de células corneificadas. Comportamento: a cadela procura o macho, fica rodeando, levanta a região pélvica , move a cauda para o lado e aceita a cópula.

METAESTRO: Diminuição do edema vulvar, não apresenta descarga vulvar. A citologia vaginal não apresenta células queratinizadas e apresenta células brancas do sangue em grande qantidade. Comportamento: Não aceita o macho.
ANESTRO: Período de inatividade ovariana, nenhuma descarga vaginal Retorno ao cio por volta dos 4 meses.

A determinação do início e duração do período fértil recorre a meios complementares de
diagnóstico que incluem a determinação da chave celular (citologia vaginal), obtida a partir de um esfregaço por aposição de uma zaragatoa vaginal, e a determinação das concentrações circulantes (séricas ou plasmáticas) da hormona luteinizante (LH) e/ou da progesterona (P4).

Introdução


A inseminação artificial é uma biotécnica utilizada na Medicina Veterinária para reproduzir cães por motivos variados, dentre estes, os fatores comportamentais (ex. quando a cadela não permite a cobertura do macho), tentativas de acasalamento no momento errado e a incompatibilidade anatômica entre o macho e a fêmea (ocorre freqüentemente em algumas raças, como por exemplo em Buldogue Inglês), ou ainda, quando da utilização de sémen refrigerado ou congelado, têm destaque no prática da clínica reprodutiva de pequenos animais. Sendo de principal relevância este último, que possibilita a manutenção da capacidade fecundante em animais de alto interesse zootécnico por um espaço indeterminado de tempo, além de resguardar tais animais do estresse causado pelo seu transporte para fins de acasalamento (Guérin, 1998).
Outro fator importantíssimo é o estado de higidez, tanto da fêmea como do macho. Se estão vacinados, vermifugados, sem deficiências nutricionais, afecções dérmicas, renais, etc. E principalmente se o aparelho repodutivo está em boas condições, sem infecções, corrimentos, desequilíbrios hormonais, etc.
Não basta o casal estar “aparentemente” normal. Toda cobertura, seja natural ou artificial, deve ser precedida de consulta veterinária e avaliação clínica, e se necessário será coletado sangue para pesquisa de hemoparasitos (Ehrlichia canis, E.platis, Babesia canis, Dirofilaria immitis, Borrelia sp. etc.). Também é conveniente coletar material para colpocitologia, que irá averiguar a época de ovulação, se o epitélio de revestimento vaginal e uterino está íntegro, assim como citologia espermática (o espermograma completo é um pouco difícil de ser obtido).
A primeira inseminação artificial documentada foi realizada em cães, por Lazzaro Spallazani, no século XVIII, que utilizou sémen fresco obtido da vagina de uma cadela naturalmente acasalada e depositou-o na vagina de uma outra cadela utilizando uma seringa. Esse procedimento resultou no nascimento de três filhotes após 62 dias (Johnston et al., 2001).
A biotécnica consiste na deposição do
sêmen do macho no trato reprodutor da fêmea durante a fase do ciclo estral denominada "estro". Uma das particularidades inerentes à inseminação artificial em cães está ligada ao momento da inseminação, que deve ser determinado por um médico veterinário.